domingo, 3 de julho de 2016
sábado, 14 de maio de 2016
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
Cora Coralina
Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, mais conhecida como Cora Coralina nasceu em Goiás em 20 de agosto de 1889 e faleceu em Goiânia em 10 de abril de 1985.
Escreveu contos, poemas, poesias e até mesmo literatura infantil, colaborou para jornais, foi proprietária de estabelecimentos e doceira por mais de 20 anos.
Não teve muito estudo, fez apenas o primário com Mestra Silvina entre os anos de 1899 e 1901. Nessa época publicou seu primeiro conto - Tragédia na Roça - que foi publicado no Anuário Histórico Geográfico e Descritivo do Estado de Goiás. Sua obra poética fala sobre o cotidiano simples do interior de Goiás.
Após o matrimônio se mudou para SP onde ficou por mais de 40 anos. Com a morte do seu marido passou por muitas dificuldades: teve que acabar de criar os filhos, vendeu livros, linguiça caseira e banha de porco feitos por ela mesma. Somente em 1956, retornou para Goiás.
Embora seja um nome forte na nossa Literatura, sua obra recebeu várias influências, como por exemplo, o nosso folclore, grandes escritores de épocas passadas (Gregório de Mattos, Camões e Olavo Bilac), o codificador da doutrina espírita Allan Kardec e até mesmo as histórias da Carochinha.
OBRAS:
- Estórias da Casa Velha da Ponte (contos)
- Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
- Meninos Verdes (infantil)
- Meu livro de cordel
- O tesouro da casa velha (contos)
- A moeda de ouro que o pato engoliu (infantil)
- Vintém de cobre
- Estórias da Casa Velha da Ponte (contos)
- Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais
- Meninos Verdes (infantil)
- Meu livro de cordel
- O tesouro da casa velha (contos)
- A moeda de ouro que o pato engoliu (infantil)
- Vintém de cobre
Embora Cora Coralina seja é um grande nome da nossa Literatura, ela só foi realmente reconhecida pelo povo brasileiro depois que o grande Carlos Drummond de Andrade leu uma de suas obras.
Aos 75 anos, Cora teve o seu primeiro livro publicado: Poemas dos Becos de Goiás
Cora recebeu em vida vários prêmios e homenagens. E mesmo após sua morte, em 1985, continuou os recebendo: em 1985 foi criada a Casa Cora Coralina em Goiás e a Biblioteca Infanto-Juvenil de Guaianases recebeu o seu nome.
Fonte: Info Escola
Alguns Poemas de Cora Coralina
Poeminha Amoroso
Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo...
Aninha e Suas Pedras
Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.
Meu Epitáfio
Morta... serei árvore,
serei tronco, serei fronde
e minhas raízes
enlaçadas às pedras de meu berço
são as cordas que brotam de uma lira.
Enfeitei de folhas verdes
a pedra de meu túmulo
num simbolismo
de vida vegetal.
Não morre aquele
que deixou na terra
a melodia de seu cântico
na música de seus versos.
Fonte: Info Escola
Alguns Poemas de Cora Coralina
Poeminha Amoroso
Este é um poema de amor
tão meigo, tão terno, tão teu...
É uma oferenda aos teus momentos
de luta e de brisa e de céu...
E eu,
quero te servir a poesia
numa concha azul do mar
ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer,
não importa.
Já está declarado e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste pequeno poema,
o verso;
o tão famoso e inesperado verso que
te deixará pasmo, surpreso, perplexo...
eu te amo, perdoa-me, eu te amo...
Aninha e Suas Pedras
Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.
Meu Epitáfio
Morta... serei árvore,
serei tronco, serei fronde
e minhas raízes
enlaçadas às pedras de meu berço
são as cordas que brotam de uma lira.
Enfeitei de folhas verdes
a pedra de meu túmulo
num simbolismo
de vida vegetal.
Não morre aquele
que deixou na terra
a melodia de seu cântico
na música de seus versos.
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