sexta-feira, 10 de julho de 2015

Bate Papo com Vera Motta

1) Quando a literatura entrou na sua vida?

Acredito que desde criança. Meu avô paterno gostava muito de declamar, recitar, lia para os netos. Quando nas aulas de português, surgiam as sugestões de obras, eu me apaixonava pelos temas de redação.

2) Desde quando começou a escrever?

Desde 13 anos eu gostava muito de ler, assim, comecei a escrever poemas e poesias. Naquela ocasião tinha uma turma que gostava de música, assim, também começaram as letras.

3) Qual a importância dos livros em sua vida?

Toda! Eu comecei a descobrir Fernando Pessoa e seus heterônimos, Cecília Meirelles, Carlos Drumond de Andrade. Mais adolescente fui para Oswald de Andrade, Augusto de Campos, Décio Pignhatari. Surgiram James Joyce, Ezra Pound. Também sempre gostei de filosofia e Rilke me levou para tantos lugares imaginários. Convivi com Paulo Leminski e quando faleceu fui advogada em seu inventário. Com Itamar Assumpção, fui convivendo com Alice Ruiz, José Miguel Wisnik e o universo de possibilidades de expressão.
4) Tem intenção de publicar um livro?

Como quem escreve não tem muito controle, tenho material para publicar livros. Tenho alguns iniciados, pensei em publicar minhas parcerias em letras musicais, com Alzira Espindola, Itamar Assumpção, Jane Duboc.

5) Livro de cabeceira.

Livro de cabeceira : "Os Sentidos Da Paixão" - FUNARTE / publicado depois de um ciclo de palestras sobre " a paixão ". As palestras viraram a obra com Gérad Lebrun, Marilena Chauí, Renato Janine Ribeiro, Paulo Leminski, Helio Pellegrino, dentre outros.

Vera Motta é advogada há trinta e sete anos, especialista em Direito Eleitoral pela EJEP (escola Judiciária Paulista/TRE-SP e TSE. Mãe de duas filhas: Ana Carolina, advogada especialista em Propriedade Intelectual/Direito Autoral e Mariana, atriz e Gestora Pública ( especialização em bens culturais ). Política e literatura são irmãs, assim, ingressei no Partido Verde por ocasião de sua fundação em 1986. Secretaria de Cultura de São Bernardo do Campo 2004/2005. Fiz o inventário de Itamar Assumpção, que ao longo de mais de vinte anos, tornou-se meu amigo, compadre, parceiro musical. Dentro da política, atuação jurídica /filosófica. Apaixonada por Michel Serres, filósofo vivo que escreveu a obra "O Contrato Natural", dentre outras e que é motivo existencial para um novo modelo de sociedade "pós Rousseau - com o Contrato Social". Autoria de Projeto de Emenda Constitucional para que a natureza (meio ambiente) seja sujeito de direito e não objeto como hoje está. Pretendo publicar o estudo de quase vinte anos para que haja o novo "pacto sócio ambiental ".


ÁGUA QUE SE BEBE

Água que se bebe Água que se banha Que se dissolve Que evapora e vira chuva Água que é afeto Que gera e envolve o feto Água limitada Que preenche os vazios Que corre através dos rios Que inundam e formam o mar Água que está no sangue Que está na lágrima Que está na pele e é suor Água – sempre “Deusa” “Pai nosso que está no céu” Mãe nossa que está na terra A água nossa de cada dia “ Nos dai hoje ” Para a perpetuação Das gerações futuras : Amém! Vera Motta (ECO 92) 












Vera  Motta é advogada, ambientalista, poetiza e letrista.